terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Veja o novo calendário de vacina

  

Vacinas são incluídas no calendário infantil

FOTO: AIRTON SOARES
Segundo o Ministério da Saúde, as duas novas vacinas serão utilizadas a partir do mês de agosto

NACIONAL/SUL FLUMINENSE
Na última quarta-feira o governo federal anunciou a introdução de duas novas vacinas no calendário básico de vacinação infantil. Serão introduzidas, a partir do segundo semestre, a vacina injetável contra a poliomielite (conhecida como Salk) e a vacina pentavalente, que reúne em uma única dose imunizações contra cinco doenças.
Segundo o Ministério da Saúde, as duas novas vacinas serão utilizadas a partir do mês de agosto. A dose injetável contra a pólio, contudo, será aplicada apenas nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a introdução da vacina injetável contra a pólio, feita com o vírus inativado, reduz riscos de possível contágio pela doença. “No ano passado foram registrados dois casos suspeitos de paralisia supostamente causados pela aplicação da vacina oral (conhecida como Sabin). Com a aplicação da dose injetável, o risco é quase nulo", afirma. Ao todo, serão 8 milhões de doses da nova vacina, que já começaram a ser compradas pelo governo a partir de dezembro de 2011.
A VOZ DA CIDADE perguntou para os profissionais de saúde dos municípios da região sul fluminense sobre a importância da inclusão das vacinas no calendário infantil. O coordenador de epidemiologia de Barra Mansa, Eduardo Lacerda, ressalta que as substituições das vacinas serão ótimas. “A vacina pentavalente reunirá em uma única dose imunizações contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza tipo B e hepatite B. Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas. E a contra a poliomielite terá mais eficácia e isso é realmente muito bom para todos”, comenta Eduardo alertando que os pais e responsáveis devem continuar levando as crianças para tomarem as vacinas de acordo com o calendário de vacinação. “É muito importante todos ficarem informados das campanhas realizadas e o calendário das crianças para que evitemos doenças graves em todo país”, analisa.
RESENDE
O Secretário Municipal de Saúde, Daniel Brito fala sobre a importância da vacina. “O município de Resende já conta com um bom índice de cobertura vacinal das crianças, fruto do trabalho de busca ativa nas unidades do Programa Saúde da Família, por meio dos agentes comunitários, que sempre verificam o calendário de vacinação das crianças durante as visitas domiciliares. A nova medida estabelecida pelo Ministério da Saúde certamente vai reforçar ainda mais o trabalho pela erradicação da doença no Brasil.” Afirmou o secretário.
ITATIAIA
O secretário de Saúde do município, João Ferreira de Lima, também tem acompanhado de perto a inclusão de novas vacinas pelo Ministério da Saúde, e destaca como positiva esta ação, já que, por exemplo, em uma delas, a Pentavalente, num só dia o cidadão já se imuniza para várias doenças. “Vejo como muito positiva esta ação do Ministério da Saúde, nossa cobertura vacinal é muito boa em todo país. Acredito que com esta medida, após os diversos estudos feitos, nossa cobertura ficará ainda melhor. Avalio positivamente a nova vacinação injetável contra a pólio. A saúde da nossa população só tem a ganhar”, comenta Lima, destacando que aguarda a chegada das vacinas na cidade, para serem disponibilizadas para os moradores.
ANGRA DOS REIS
A doutora Cláudia Greco é a responsável pelo setor de vacinação da Fundação de Saúde de Angra dos Reis (Fusar). Ela falou que está faltando apenas o estado oficializar o procedimento para a inclusão das vacinas. “Estamos esperando a posição oficial do estado. Já colocamos a nossa equipe de prontidão, para que todas as crianças do município recebam a sua vacina. Também vamos divulgar isso, para que a população não tenha nenhuma dúvida”, informou a doutora.

APLICAÇÃO DAS VACINAS
Por enquanto, a aplicação da dose injetável não irá retirar do calendário de vacinação as doses orais, já aplicadas nas campanhas de imunização. Segundo o governo, será aplicado um esquema sequencial, com as duas vacinas até que a doença seja totalmente erradicada. A imunização injetável será aplicada aos 2 e aos 4 meses de idade, e a vacina oral será usada nos reforços, aos 6 e aos 15 meses de idade.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a vacinação combinadas será adotada como uma fase de transição. "É uma fase de transição porque daqui a dez anos, ou sabe-se lá quanto tempo for, a pólio for eliminada do mundo, não vai ter mais vacinal oral sendo produzida. E o Brasil está se preparando para isto", explica o secretário.
NOVO CALENDÁRIO
Outra mudança será feita no calendário básico de vacinação a partir do segundo semestre. Antes, a criança precisava ser vacina do nascimento até os seis meses, sem intervalo, e com doses de imunizações diferenciadas contra as doenças. Agora, a vacina BCG e contra a Hepatite B será feita ao nascer e depois somente com dois meses, onde receberão a dose da nova vacina pentavalente e da poliomelite inativada. Todas as outras duas vacinas que antes eram aplicadas aos dois meses - vacina oral Rotavírus Humano e vacina pneumocócida 10 - seguirão mantidas de forma igual no calendário. As segundas doses das vacinas de poliomielite inativada e da pentavalente serão realizadas aos quatro meses.
A vacina pentavalente ainda terá uma terceira dose de aplicação, aos seis meses. Neste período, a criança também receberá a dose da vacina oral contra a poliomelite e a vacina pneumocócica 10.

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