sábado, 8 de setembro de 2012


Estudo revela que deve haver melhora nos serviços de saúde para a descoberta precoce da tuberculose







 


26/08/2012-13h15

Um estudo da USP aponta que deve haver uma melhora na capacitação e formação dos profissionais de saúde para realizarem o diagnóstico de casos de tuberculose, especialmente dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que mantêm vínculo mais próximo com a comunidade, informa o portal Isaúde.net.

Segundo o Ministério da Sáude, Natal (RN) e Ribeirão Preto (SP) são locais considerados prioritários para o controle da tuberculose. O Isaúde informou que foram entrevistados 210 agentes comunitários de saúde nestes municípios para a realização do estudo.

Confira a matéria na íntegra:

Levantamento da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que é necessário rever o processo de trabalho dos serviços de saúde para a descoberta precoce de casos de tuberculose, a chamada Busca de Sintomático Respiratório (BSR).

A descoberta acontece a partir do questionamento de sintomas respiratórios como presença de tosse há três ou mais semanas de duração. Para que a busca aconteça, a enfermeira Beatriz Estuque Scatolin, autora do estudo, defende melhorias na capacitação e formação dos profissionais de saúde nessa área, especialmente, dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que mantêm vínculo mais próximo com a comunidade.

Para o estudo foram entrevistados 210 agentes comunitários de saúde, em dois municípios brasileiros, Natal (Rio Grande do Norte), e Ribeirão Preto, (São Paulo), considerados prioritários para o controle da tuberculose, segundo o Ministério da Saúde.

Em Natal, as principais fragilidades reveladas pelo estudo foram em relação à estrutura dos serviços de saúde para a BSR. Entre elas, a baixa utilização da baciloscopia de escarro teste que confirma o diagnóstico de tuberculose pulmonar, ausência de geladeira para armazenar a amostra de escarro e a falta de laboratórios responsáveis pelo recolhimento dessas amostras.

Já em Ribeirão Preto, além da baixa utilização da baciloscopia de escarro, verificou-se ausência de livro deregistro de sintomáticos respiratórios, falta de profissionais da atenção básica, responsáveis pelo cuidado do doente, e de rotina sistematizada para o atendimento do suspeito de tuberculose. Outros fatores preocupantes nas duas cidades, diz a pesquisadora, são a fragilidade na ação de investigação da tosse nas visitas domiciliares; a falta de oferta de pote de escarro; falta de parcerias com a comunidade para a BSR e para discussões sobre a tuberculose.

Agentes Comunitários

Na percepção dos Agentes Comunitários de Saúde, houve satisfação no treinamento e preparo dos agentes para o controle e identificação da tuberculose. " A boa notícia é que as informações sobre a doença que chegam a comunidade, a participação dos agentes em discussões sobre a tuberculose no serviço de saúde e o apoio institucional em situação de suspeita da doença são adequados" , diz a pesquisadora.

Segundo Beatriz, para melhorar a situação encontrada é preciso dar ênfase na educação permanente em saúde, além de capacitar e melhorar a formação desses profissionais, especialmente os agentes comunitários que mantêm vínculo mais próximo com a comunidade.
Uma ação compartilhada entre os vários seguimentos sociais como meio de fortalecer as ações à tuberculose, em especial a busca precoce por sintomas, também é apontada como fundamental pela pesquisadora. " A enfermagem como supervisora do trabalho dos agentes possui um papel fundamental no êxito na BSR" , conclui Beatriz.


Fonte: Isaúde.net

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